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O Eucalipto no Brasil

As primeiras mudas de eucalipto que chegaram ao Brasil foram plantadas no Rio Grande do Sul em 1868. No mesmo ano, também foram plantados alguns exemplares na Quinta da BoaVista, no Rio de Janeiro.


O plantio do eucalipto em escala comercial data da primeira década do século XX (1904). Inicialmente, foi introduzido como monocultura destinada a suprir a demanda de lenha para combustíveis das locomotivas e dormentes para trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Além disso, era utilizado para a produção de mourões de cercas e postes margeando a ferrovia, fornecendo ainda o madeiramento para a construção das estações e vilas. Do Estado de São Paulo, o plantio de eucalipto se estendeu para todo o centro e sul do País.


Dos 470 mil hectares de eucaliptos plantados no País entre1909 e 1966, 80% concentravam-se em São Paulo. Ao adquirir novas terras em 1909, a Cia. Paulista de Estradas de Ferro iniciou o plantio de eucalipto em escala comercial. Foram obtidas sementes de 144 espécies plantadas em diversos hortos da companhia, especialmente em Rio Claro, São Paulo.

 

Os anos 60: Incentivos fiscais para o reflorestamento.

 

A partir de meados dos anos 1960, o governo adotou uma intensa política de incentivo fiscal para o reflorestamento, voltada para as grandes indústrias siderúrgicas e de papel e celulose.


Essas indústrias, que estavam em franca expansão, eram obrigadas por força de Lei a manter áreas próprias para sua produção de matéria-prima.


A política florestal do governo militar criou uma série de instrumentos que, até metade dos anos 1980, incentivou e financiou as grandes empresas florestais.

 

Os anos 80: A sociedade se organiza e cobra mudanças.

 

Com o processo de redemocratização do País e a vigência da nova Constituição, a partir da década de 1980, a sociedade civil organiza-se e passa a pressionar os órgãos públicos e as empresas florestais para a tomada de medidas com relação aos impactos negativos da eucaliptocultura, tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista social.


Em meados da década de 1980, com o fim dos incentivos fiscais, as empresas florestais fizeram investimentos para manter a produção própria, conforme determina a lei, e se associaram às universidades públicas para o desenvolvimento tecnológico. A despeito do grande passivo herdado das práticas adotadas, observa-se uma grande evolução das técnicas de gerenciamento ambiental e de inserção social dos produtores de matéria-prima florestal.

 

Situação atual da eucaliptocultura no Brasil.

 

Hoje o Brasil e, em especial, Minas Gerais detêm tecnologia de ponta, chegando mesmo a exportar conhecimentos técnicos e científicos para a Austrália, a terra de origem do eucalipto.
O fomento florestal vem criando uma nova tendência de descentralização da produção da madeira.

 

Experiências do Prodemata.

 

O primeiro Programa de Desenvolvimento Rural Integrado, criado no Brasil, na década de 1970 demonstra com sucesso como os produtores rurais podem participar e lucrar com esse mercado, sem provocar concorrência com outras culturas alimentares ao utilizar áreas marginais das propriedades.


Existe um potencial para que, em um futuro próximo, o produtor rural assuma definitivamente essa atividade, que originalmente foi dele, criando condições espontâneas para o desenvolvimento de um mercado autônomo de madeira e produtos florestais.


Segundo dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), o setor florestal brasileiro mantém hoje, em regime de produção, cerca de 4,8 milhões de hectares de plantações florestais de rápido crescimento. Outras espécies como a araucária, acácia negra e teca também são plantadas comercialmente, porém em menores proporções.


Das plantações florestais existentes no Brasil, cerca de dois terços correspondem a plantações de eucalipto e o restante a plantações de pinus.


Nas plantações de eucalipto, normalmente o corte para a industrialização ocorre aos sete anos, em um regime que permite até três rotações sucessivas, com ciclos de até 21 anos. O pinus, segundo gênero florestal mais utilizado no Brasil, é plantado no Sul e Sudeste do País; além de servir como matéria-prima para a produção de celulose, é utilizado para a fabricação de móveis, chapas, placas e outros.

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